quarta-feira, 27 de abril de 2011

VOCE JA OUVIU FALAR EM BULLYNG?


  • O que é Bullying?
O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidos
Ofender
Zoar
Gozar
Encarnar
Sacanear
Humilhar
Fazer sofrer
Discriminar
Excluir
Isolar
Ignorar
Intimidar
Perseguir
Assediar
Aterrorizar
Amedrontar
Tiranizar
Dominar
Agredir
Bater
Chutar
Empurrar
Ferir
Roubar
Quebrar pertence
  • E onde o Bullying ocorre?
O BULLYING é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.
  • De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying?
Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar:
- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING; São pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si.

- alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;

- autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING; Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros.  Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.

- testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.  As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.
  • E o Bullying envolve muita gente?
A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana.
O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bullying.

Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.
  • Quais são as conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar?
Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.
Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava.
- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.
As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

  • Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?
As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio.

  • E para os autores?
Aqueles que praticam Bullying contra seus colega poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos de delinqüência ou criminosos.
  • E quanto às testemunhas?
As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.


O IMPACTO DE UM PAI

A DISCIPLINA E A PEDAGOGIA DO AMOR




"É bom corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas, ela acaba fazendo a sua mãe passar vergonha" (Pv 29.15 - BNLH)
         Com razão disse o escritor Henry Cloud: "O objetivo principal da criação dos filhos é a formação do seu caráter"; e a disciplina é vital nesse processo. A Bíblia diz, no livro de Provérbios: "Não retires a disciplina da criança..." (Pv 23.13). Toda criança é astuta por natureza desde o nascimento. O que os pais precisam saber é que o resultado do excesso de carinho sem disciplina é a formação de um filho "delinquente".
Vejamos quais são alguns dos benefícios da disciplina:
·                                 Desenvolve o senso de responsabilidade e respeito à autoridade;
·                                 Ensina que limites existem para serem respeitados;
·                                 Contribui na formação de um caráter íntegro; e
·                                 Ensina a obediência e a submissão.
O que é necessário para que a disciplina seja aplicada com eficiência?
·                                 Aplique-a com equilíbrio;
·                                 Deixe claro para o filho que a disciplina é um ato de amor;
·                                 Aplique a disciplina de modo lúcido;
·                                 Nunca discipline seu filho publicamente, expondo-o à vergonha. Esse tipo de disciplina produz efeito contrário;
·                                 Após a disciplina, ore com o seu filho;
·                                 Não anule a disciplina que foi aplicada ao filho pelo cônjuge.
Um pergunta comum que a maioria dos pais faz é esta: "Quando o filho adolescente dá algum motivo, os pais devem aplicar a disciplina fazendo uso da 'vara", no sentido literal?
        O Dr. James Dobson, em seu livro "Ouse Disciplinar", diz que:  "Os pais não devem surrar um filho adolescente". Os adolescentes desejam, desesperadamente, ser considerados como adultos. Eles se ressentem demais quando são tratados como crianças. A surra é o máximo do insulto.  A disciplina aplicada para os adolescentes deve envolver a perda de privilégios, a privação financeira e outras formas relacionadas de retribuição não-física.
       O apóstolo Paulo, instruindo os pais da igreja de Éfeso, escreveu: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira,  mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor" (Ef 6.4). É através da forma de como você aplica a disciplina no seu filho que ele vai conseguir entender que o que você fez foi um ato de amor.  Há um versículo no livro de Provérbios que diz: "Disciplina o teu filho enquanto há esperança ..." (Pv 19.18).

Fonte: Família e Graça

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DEPRESSÃO INFANTIL


A depressão mundial tem atingido números alarmantes e não tem poupado nem mesmo os pequenos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, (OMS), nos últimos 10 anos, o número de crianças entre 6 e 12 anos diagnosticadas com a doença, passou de 4,5% para 8%.  “Os sintomas são os mesmos típicos dos adultos, mas outras manifestações como aborrecimento, irritação, inquietação, tiques, medos, lentidão psicomotora, anorexia e outros rompantes são constantes e frequentes, quase caracterizando uma maneira padrão de a criança reagir, daí a dificuldade do diagnóstico, pois os adultos confundem essas manifestações com birra”, diz o psiquiatra Geraldo Ballone.
Segundo o especialista, nas crianças maiores ou que estejam chegando à adolescência, a depressão vem acompanhada de sintomas físicos: “fadiga, perda de apetite, diminuição da atividade, queixas inespecíficas como dor de cabeça, dor nas pernas e nas costas, náuseas, vômitos, cólicas intestinais, vista escura e tonturas, são as reclamações mais comuns”, diz.
As causas
Fatores genéticos ou influências externas? O que propicia o aparecimento dessa doença nas crianças? “A depressão da criança pode ser ocasionada tanto por fatores externos quanto orgânicos, genéticos ou não. Antecedentes familiares com transtornos depressivos é uma ocorrência em mais de 60% das crianças deprimidas. As questões ambientais, como abandono, negligência, estados carenciais graves, violência doméstica estão também associados a mais da metade dos casos”, enfatiza o psiquiatra.
Danos
Os efeitos desta doença ainda no início da vida podem causar danos momentâneos e até futuros. “Nos primeiros anos de vida, essa doença pode causar deterioração nas relações interpessoais, familiares e sociais, perda de interesse por pessoas, isolamento e na fase escolar, a depressão produz prejuízo da atenção, do raciocínio e da memória, comprometendo sobremaneira o rendimento escolar”, salienta.
A tristeza como companheira
A leitora N., que prefere não se identificar, lembra que começou a se sentir triste desde os 5 anos de idade. "Eu lembro que meus pais brigavam bastante e eu ia para um canto do quarto, tentar me esconder e chorava muito. Sentia medo, solidão”, relembra.
A vida da família, além de ser permeada por brigas, violência (o pai batia na mãe), era também cheia de precariedades.
"Éramos muito pobres, mas o que me dava mais desgosto era ver meu pai bater na minha mãe." Na escola, ela tinha vergonha de se relacionar com outros colegas, passou a ser uma menina tímida e deixou de estudar aos 12 anos. Para fugir de casa e da situação em que vivia, casou-se cedo.  "Ainda muito nova, tive filhos, mas a tristeza e a reclusão sempre foram presentes", recorda.
Aos 19 anos, ela procurou o médico. Com problemas para dormir, nervos à flor da pele, o médico receitou medicação, sem acompanhamento psicológico. "Há mais de 20 anos, pelo menos no meu caso, não se falava muito nisso. Era indicado o remédio e pronto", disse.
Só que N., na ânsia de se ver livre da tristeza, passou a tomar altas doses do remédio e tornou-se viciada, pois a medicação era de tarja preta.
Agora, aos 43 anos, ela diz que reconhece que tem um problema. Toma remédios, mas eles não diminuem a sua tristeza. O marido de N. diz que sempre fez tudo pela mulher. "Fui um homem trabalhador, consegui comprar a nossa casa e, dentro das possibilidades, dar para ela o melhor. Temos dois filhos lindos que já estão encaminhados na vida, formados, com saúde, mas ela não consegue enxergar motivos para ser feliz", lamenta.
N. até sorri, mas logo depois uma nuvem de incertezas e dor sombreia seu rosto e tira o brilho do seu olhar.
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Freiburg, na Alemanha, as pessoas com depressão têm alteração fisiológica nos olhos e enxergam o mundo com olhar cinzento. “A depressão é reflexo de uma alteração funcional afetiva capaz de fazer a pessoa perceber a realidade com olhos turvos”, observa o psiquiatra.
"Gostaria de mudar. Gostaria de ser feliz. Mas nunca conheci esse sentimento. A tristeza sempre foi a minha companheira", relata N.
Comportamento
O relato da personagem acima comprova o que diz a medicina, que cerca de 70% dos adultos com depressão tiveram a manifestação da doença ainda na infância. “Crianças de dois anos em diante já podem ser diagnosticadas portadoras de depressão. Estão enganadas as pessoas que acreditam que crianças bem novas não ficam deprimidas porque não têm problemas”, diz. Por isso, os pais devem ficar atentos, pois nem sempre as crianças mostram sentimentos e emoções leais ao seu estado afetivo. E ficar atentos às mudanças de comportamento na criança é importante para um diagnóstico precoce. “Crianças antes bem adaptadas passam a apresentar conduta irritável, destrutiva, agressiva, com violação de regras sociais, oposição à autoridade, preocupações e questionamentos de adultos. Pais e professores devem ficar atentos, pois tais mudanças podem ser decorrentes de alterações afetivas depressivas, pois em muitos casos, o único item a chamar atenção é uma sensibilidade emocional maior, choro fácil, inquietação”, salienta. Outro fator importante decorrente da depressão é que a criança perde o prazer em fazer coisas que antes adorava. “A depressão é emocional, mas o desânimo por sua vez é físico, geralmente é confundida com preguiça e responsável por muitos exames de sangue em busca de uma anemia que não se confirma”, relata Ballone.
Tratamento       
O tratamento para a depressão vai depender do diagnóstico e do grau da doença. “Se for uma depressão reativa a algum estresse causador e a criança não apresentar mais nenhuma alteração afetiva, o tratamento deve ser predominantemente com psicólogos. Se for de natureza biológica, sem que se detecte um agente estressor proporcional, o tratamento é predominantemente médico, com os mesmos medicamentos usados por adultos, que hoje já não viciam como antes. A psicoterapia também pode ajudar bastante. Livrar uma criança da depressão significa dar-lhe oportunidade de desenvolvimento pleno e de utilização saudável de seus recursos mentais”, conclui.
Sintomas
A criança precisa ter pelo menos cinco sintomas da lista abaixo por um período de duas semanas para que seja diagnosticada a doença, de acordo com o Manual de Estatística e Diagnóstico de Transtornos Mentais.
 1- Mudanças de humor significativa
2- Diminuição da atividade e do interesse
3- Não querer ir à escola, queda no rendimento e perda da atenção
4- Distúrbios do sono
5- Aparecimento de condutas agressivas
6- Autodepreciação
7- Perda de energia física e mental, cansaço matinal
8- Queixas físicas
9- Perda ou aumento de peso
10- Aumento da sensibilidade ou irritabilidade
11- Sentimento de rejeição ou de ser preterido
12- Ideias mórbidas sobre a vida e a morte
13- Urinar ou defecar na roupa ou na cama
14- Condutas destrutivas ou socialmente hostis
15- Ansiedade
Fonte: Arca Universal

Álbum de Fotos


quarta-feira, 13 de abril de 2011

MATERIAIS PARA DEVOCIONAL - PAIS&FILHOS

Queridos Pais!

      Sabemos da importância de ensinarmos as crianças a Palavra de Deus, pelo resultado que isso gerará e por ser um mandamento do Senhor:

“ E a ensinará a teus filhos e dela falará assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.  
                                                                                                                                   Dt 6:7

Para facilitar a sua missão nossa sugestão é que na hora de dormir, você tire um tempo de qualidade com seus filhos para ler histórias bíblicas, conversar e orar com eles. Será inesquecível para eles, e para vocês será motivo de grande alegria quando chegar a colheita.

Para isso, disponibilizamos dois downloads de duas apostilas com diversas historinhas bíblicas e devocionais para atingir o objetivo proposto.


CLIQUE AQUI e faça o download!    Histórias Bíblicas



CLIQUE AQUI e faça o download - Horinhas com Deus II


FILHOS, A HERANÇA DO SENHOR!

Filhos, a Herança do Senhor



 "Não se mede a vida pelo número de anos que vivemos. Mede-se pelo legado que deixamos na vida de outros."
Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão (SI 127.3).
Queremos dar algumas dicas que são fundamentais para aqueles que querem se tornar bons pais:

1-      Maturidade

Criar filhos exige nossa própria maturidade.
Maturidade é discernir o certo do errado, sendo capaz de viver de acordo com o que é certo, sem escusas ou rea­ções infantis. Isso significa ser capaz de controlar a raiva, responder com amor e dar um bom exemplo. Você não pode exigir dos seus filhos o que você mesma não pode ou não está disposta a fazer.
Jesus nos deu o exemplo, sendo um servo abnegado e dando Sua própria vida por aqueles que amava. Ele se entregou totalmente. Em uma palavra: Ele era maduro.

Nosso ciclo de vida funciona mais ou menos assim. No lar, os pais suprem as necessidades do filho, dando-lhe total atenção e alimentando-o (treinando cuidadosamente). A parte do filho é apenas receber tudo isso.
Já, no casamento existe um relacionamento um-a-um. O indivíduo deve então desenvolver seriamente um espí­rito de abnegação, resultando num crescimento em direção à maturidade.
Quando o indivíduo torna-se pai tem de aprender a dar-se totalmente, em todas as áreas. O senso de aceitação e identidade da criança vem das experiências no lar, especial­mente do relacionamento com o pai. O resultado dessa fase da vida deveria ser a maturidade, ou seja, a capacidade de dar-se totalmente a outrem.
A maturidade exige que tratemos dos nossos pontos fracos. De maneira inconsciente passamos nossos pontos fracos aos nossos filhos.
Precisamos ter certeza de que temos recebido a cura de nossas feridas e problemas, pois é muito fácil passarmos os mesmos problemas e feridas aos nossos filhos.

2-     Atitudes

Mesmo nossas atitudes se transferem aos nossos filhos; portanto preste atenção no que diz e no que faz. Que pai nunca ficou chocado, vendo o filho repetir algo que ele mesmo tenha feito ou falado?
Será que sou uma pessoa centralizada em mim mesma, de forma que meus desejos e interesses vêem antes do que qualquer outra pessoa da família? Será que o humanismo tem me convencido de que devo buscar minha própria feli­cidade a qualquer custo? Provavelmente o egoísmo é a causa primária da destruição dos casamentos, causando um incal­culável dano aos filhos.

    3- Caráter Digno

Os pais não têm de exigir nem cobiçar, pessoalmente, a honra devida à sua posição; eles têm de conquistar o res­peito pessoal. Para receber o respeito de seus filhos (não o amor), você deve desenvolver um caráter digno. As crianças não são bobas. Elas percebem as coisas rapidamente. Se agir infantilmente e de maneira imatura, enganá-los e mentir para eles, destruirá o respeito deles por você. Elas precisam de um nobre herói para imitar. Seja esse herói!

    4- Autoridade e a formação do Caráter

A autoridade é essencial para a formação do caráter.
O amor não forma caráter, embora prepare o cenário para sua formação.
Os pais confiantes não são nem muito indulgentes no amor, nem abusivos na autoridade.
Como pai, você deve estar no controle. Deve tomar as decisões de forma equilibrada, entre o amor e a autoridade.
O psicólogo John Rosemond coloca isso em pauta muito bem. Na ausência de uma autoridade firme, o amor é indulgente. Na ausência do amor, a autoridade é tirânica. Se exercemos a autoridade amorosamente e demonstramos amor com firmeza, a criança terá um senso de equilíbrio. Parafraseado  de John K. Rosemond, O Plano de Seis Pontos de John Rosemond para Criar Crianças Felizes e Saudáveis (Andrews e McMeel, Nova York, 1989, pág. 49).

A autoridade exercida sem amor resulta numa má formação.
O amor recebido sem autoridade também é indulgente e também resulta numa má formação.
A criança precisa ter certeza de que você a ama, para aceitar e receber sua correção. A disciplina não funcionará, se ela não souber que o coração do pai está com ela.
Pais que querem controlar os filhos com "mão de ferro", causam resultados muito negativos na vida deles.

1. Esse tipo de controle não produz vida.
2. Esse tipo de controle não dá atenção aos fatos, nem aos sentimentos da criança. Simplesmente castiga.
3. Ele intimida por meio de ameaças de violência, repelindo o contato e causando cenas de raiva e fúria.
4. Ele obriga, ao invés de dirigir.
5. Ele não produz justiça; mais provavelmente, produzirá desejo de vingança.
6. Ele age através da rejeição, e produz um espírito de rejeição.
7. Ele priva a criança da liberdade de desenvolver sua maturidade, ser responsável e tomar decisões.
8. Ele não emana de um verdadeiro coração amoroso de pai.

A autoridade é essencial para a formação da justiça.
A justiça se desenvolve em nós da mesma maneira que o caráter, ou seja, pela submissão e obediência às leis de Deus. Não vem pelo acúmulo de informações (inteligência), nem por meio da fé (doutrinas).
Caráter e justiça são formados nas crianças na medida em que respondem à disciplina de uma autoridade justa. Entendimento, conhecimento e sabedoria se desenvolvem na criança que experimenta a disciplina de uma autoridade piedosa. Sem tal disciplina, tornam-se alvos do egoísmo, do interesse próprio, da teimosia e da rebelião.
A bênção da autoridade piedosa que produz justiça no lar resultará em paz, tranqüilidade e confiança.

A disciplina é importante pois é o fundamento para a formação do caráter.
A disciplina de nossos filhos começa com a disciplina em nossa própria vida. É quase impossível ensinar disciplina à criança, se você mesma não aprendeu. Seus esforços pro­vavelmente serão ineficientes se você for incapaz de persistir (o treino necessário para incutir) na disciplina desejada.
Você precisará de disciplina para conquistar e realizar de forma consistente os seguintes passos:

1. Seja realista em suas ameaças de punição. É tentador fazer ameaças as quais não se tem a intenção de cumprir.
2. Resista à tentação de comparar uma criança com outra. Cada criança é diferente e única.
3. Siga um padrão de punição preestabelecido.
4. Resista à tentação de reagir enquanto ainda estiver com raiva.
5. Não escarneça da criança, de maneira negativa e ferina; não a diminua nem a chame de nomes feios.
6. Discipline-se para punir cada ato de desobediência de maneira razoável e justa. 

  5- Responsabilidade

Deus coloca certas responsabilidades sobre nós, enquanto criamos nossos filhos.
Deus nos faz responsáveis pelo ensino e discipulado de nossos filhos.
A ausência de orientação e de limites na educação das crianças de hoje é diretamente contrária aos ensinamentos da Bíblia.
Provérbios 22.6 e 29.15: Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.
Discipular uma criança é mais do que ensinar. O ensinar faz a criança capaz de saber e entender o que deve fazer e ser. O discipulado envolve a formação da mentalidade.
O discipulado ajuda a colocar o ensino na prática e trata com a vontade. O discipulado requer muita disciplina da nossa parte e em alguns casos muita energia. Eu creio que nós, como cristãs, tentamos ensinar atitudes piedosas aos nossos filhos. Vamos falhar, se não começamos logo, enquanto ainda são pequenos e se o ensino não é seguido pelo discipulado.
Algumas crianças têm um gênio muito forte; os pais tentam moldá-las, mas depois de algum tempo simplesmente desistem. Essas são crianças difíceis de serem educadas. Elas até mesmo influenciam os outros irmãos, tornando o trabalho dos pais extremamente difícil. A medida em que oramos e persistentemente discipulamos nossos filhos, Deus nos dará a sabedoria e a força para concluir essa tarefa. É muito importante que não desistamos, pois um gênio descon­trolado ou uma vontade sem limites resulta em extremo egoísmo, o que torna a criança inútil para si mesma, para os outros e especialmente para Deus. Se a criança não obedece a você, provavelmente nunca obedecerá a Deus, porque não aprendeu o princípio e a disciplina da obediência.
Enquanto estamos ensinando e discipulando, devemos lembrar de preservar o espírito da criança, que é muito vul­nerável e freqüentemente frágil. Se danificamos seu espírito, causamos a perda do senso de valor pessoal, colocando-a em extrema desvantagem na vida.

Temos a responsabilidade de estabelecer os limites para nossos filhos.
Os pais devem proporcionar forte liderança e ser res­ponsáveis por seus filhos diante das influências externas. Temos o dever de controlar nossos filhos! Uma liderança fraca não recebe respeito algum.
Deixe-me dar-lhe um exemplo clássico do Velho Testa­mento. Por favor, leia a passagem sobre o Sumo Sacerdote Eli, em 1 Samuel 2.22-30 e 3.13. Porque... honras a teus filhos mais do que a mim...? ...Porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos.
Então Deus diz: ...Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa (a casa de Eli) para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu.
Os filhos de Eli seguiram seus passos, tudo certo. Tornaram-se sacerdotes no templo do Senhor, mas não seguiram o caráter do pai. Eli era um homem íntegro, provavelmente bom sacerdote, porém um pai fraco. Deus o responsabilizou pelos pecados dos seus filhos, já crescidos. Ele tinha a autoridade para dar um basta no estilo de vida deles, mas não impôs a justiça. Os pecados de seus filhos eram bem cruéis (1 Sm 2.22).
Eli tentou conversar com eles, depois que soube o que estavam fazendo, mas Deus já havia decidido matá-los pois haviam pecado contra Ele, fazendo com que Seu povo cometesse o pecado da fornicação. Mais tarde, os dois filhos morreram numa batalha; os filisteus vitoriosos levaram a arca do Senhor; quando Eli ouviu que a arca tinha sido levada, caiu da cadeira e quebrou o pescoço.
Samuel foi o sacerdote que ocupou o lugar de Eli. Você encontrará essa história em 1 Samuel, a partir do capítulo 1. Samuel também foi criado por Eli. Em outras palavras, Eli foi a figura de pai para Samuel. Samuel se tornou um grande sacerdote e juiz em Israel e tinha um caráter extremamente limpo e justo. Apesar disso, seus dois filhos também se tornaram um problema. Samuel os colocou como juízes em Israel, mas eles não seguiram o seu caráter justo. Eles se desviaram da piedade, aceitando suborno e pervertendo o julgamento.
Suspeito que tanto Eli quanto Samuel eram tão ocupa­dos julgando e governando o povo (fazendo a obra de Deus, ou trabalhando para Deus), que falharam em serem bons pais. Nas leis de Deus em Israel, confiava-se aos pais a tare­fa de ensinar e instruir os filhos.
O ditado diz: "E melhor prevenir do que remediar." O verdadeiro discipulado é observar e prevenir os erros e não simplesmente corrigi-los, depois que já foram cometidos.
Os hábitos devem preceder os princípios. Os hábitos amoldam uma criança numa certa direção, tornando a prática de certos atos fácil e natural, preparando o caminho para a obediência de princípios. Somos responsáveis por moldar as crianças na direção que sabemos ser correta. Eles precisam ouvir e obedecer. Devemos falar o que esperamos deles  num tom de voz suave. Gritar ou mesmo elevar o tom de voz mostra apenas que você não tem controle da situação. Se você tem o hábito de gritar, seus filhos podem provocá-lo, para fazê-lo perder o controle.
Sabemos que o castigo físico é bíblico. Leia Pro­vérbios 22.15 e 23.13.
A criança pode perceber o quanto você é capaz de se controlar pelo seu tom de voz e seu semblante. Pais controlados trazem equilíbrio, confiança e senso de valor pessoal à criança.

Deus nos torna responsáveis pelo exemplo que damos.
Exemplo é melhor do que preceito.
Se desejamos criar jovens homens e mulheres de Deus, devemos servir de modelo para eles. Não podemos nos entregar à preguiça, ao mau-humor, raiva ou violência.
Os pais são o espelho que a criança utiliza para cons­truir sua identidade. As conclusões que ela tira do espelho afetam toda sua vida. O espelho dos pais cria a auto-imagem. Uma auto-estima elevada vem de reflexos positivos. O com­portamento da criança reflete sua auto-imagem.
Você deve estar presente com as crianças para dar esse exemplo. Devemos viver a vida de Cristo diante deles, para verem como vivemos. Esse exemplo os influenciará a abraçar a piedade, mais do que qualquer palavra.
Provérbios 8.17 diz: Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão. O versículo 35 diz: Porque o que me achar achará a vida, e alcançará favor do Senhor.
Não é essa vida piedosa que desejamos para nossos filhos? Nosso propósito não deveria ser viver Cristo diante deles, para que eles saibam encontrar a Vida?

Deus nos deu a responsabilidade para afirmar o espírito da criança. Cristo nos deu essa afirmação quando éramos indignos e não vivíamos de acordo com Sua von­tade. Devemos amar incondicionalmente, sem nos recusar a dar amor e aceitação só porque a criança não corresponde à nossa expectativa.

Você não pode envergonhar uma criança, tentando levá-la a uma conduta correta; isso deve ser feito com amor. O resultado final da vergonha é que cria uma raiva interna ou uma auto-imagem de indignidade.
Você afirma uma criança quando não permite que o comportamento dela determine sua vida. Se você permite que a criança dite as regras, acaba alimentando raiva e rejeição contra ela.
Você afirma uma criança não admitindo acessos de fúria e ataques de raiva. A tolerância somente reforça ainda mais o mau comportamento. Não devemos permitir que uma criança descarregue sua raiva e frustração no chão, nas portas, paredes ou brinquedos. Cada explosão de raiva que é permitida apenas fará com que a próxima explosão seja mais violenta.
Manifestar raiva e frustração não é o caminho para a cura. Ser violento, seja lá qual for o motivo, apenas facilita ser mais violento na próxima vez. Deus é a solução. Somente Ele pode verdadeiramente desfazer todas as frustrações e curar todas as feridas e machucados.
Aproveite cada oportunidade para reconhecer, reforçar e recompensar o bom comportamento.
Perdoar é uma parte importante do amor e da afir­mação.
A vida cristã começa com o perdão e mantemos todos os nossos relacionamentos por meio do perdão. A família não é a exceção. O dito popular: "Amar é nunca ter de pedir perdão" é uma premissa falsa. Ensine seus filhos a serem amáveis e perdoar aos outros. Dê um exemplo de perdão a eles. Ensine-os a dizer: "me perdoe" e "estou errado". Quando se tornarem adultos, eles verão que não é impossível reco­nhecer os erros e pedir perdão.

Peça a Deus para ajudá-la a ser criativo e positivo na disciplina. A eficiência do castigo físico diminui muito quando é utilizado com muita freqüência. A Bíblia, entretanto, está definitivamente do lado de quem usa o castigo físico. Inúmeros versículos em Provérbios confirmam essa observa­ção. Entretanto, esse tipo de punição deve ser justo e adminis­trado com amor. Não devemos usar o castigo físico quando estamos com raiva. Parte da sua disciplina, como pais, é não bater na criança quando estiver com raiva.
Muito se tem falado sobre o que usar para ministrar o castigo físico.
Quando era jovem, os adultos freqüentemente usavam uma varinha de pessegueiro para disciplinar as crianças. O adulto primeiro mandava a criança buscar o ramo para então açoitá-la. Aquela varinha realmente doía e às vezes deixava marcas, as quais desapareciam logo depois.
 Os adultos podem abusar de qualquer tipo de punição. Bater demais na criança não deve ser uma opção.
Alguns acham que bater na criança com a própria mão é um erro, pois ela deveria mostrar amor. Pessoalmente, não creio que seja importante com o que você vai aplicar o cas­tigo físico, desde que seja administrado de forma coerente e sem abuso, e no lugar adequado. Nuca abuse ou maltrate a criança.
As crianças não são tão frágeis que não possam inter­pretar uma punição corretamente. Crianças pequenas possu­em a atenção ligeiramente diminuída. Se você demora um pou­co para encontrar o objeto certo para bater, as crianças não terão mais idéia por que estão apanhando. Sua mão está pre­sente em todos os momentos; se você a usar corretamente, ela será  eficiente e útil.
Para concluir, o castigo físico deve doer mesmo, para desencorajar a repetição do mau comportamento. Vejo mui­tas mulheres com medo de disciplinar dessa maneira. Real­mente, se a mãe não tiver o autocontrole para disciplinar corretamente, é melhor tentar outra forma de disciplina. Não se deixe influenciar pelas opiniões do mundo. O castigo físico não é uma punição cruel ou pouco usual.
Provérbios 20.30 diz: Os vergões das feridas são a purificação dos maus, como também as pancadas que penetram até o mais íntimo do ventre.
Não esbofeteie nem acerte a criança de qualquer ma­neira. Faça da disciplina um ato bem definido, deliberado e bem explicado e ela produzirá frutos de justiça na vida dos seus filhos.
Não descarregue sua própria raiva e frustrações em seus filhos.
Não bata nas crianças por erros ou acidentes, ou se você não estabeleceu os limites bem claramente antes. O castigo nunca deve ser mais severo do que a ofensa. Seja realista no que exige como comportamento apropriado. Peça pela sabedoria de Deus para saber o que é importante e no que você pode ser indulgente no aspecto da disciplina.
Dobson diz: "Uma palmada, portanto, fica reservada àqueles momentos de conflito, quando a criança desafia você a defender seu direito de liderar" Qames Dobson, Esconder ou Procurar Fleming H. Revell, Old Tappan, New Jersey, 1974, pág. 93). Muitas crianças são lamentavelmente bem deter­minadas para fazerem o que querem. Nesse caso, os pais também devem ser igualmente determinados e firmes para quebrar a teimosia e dirigir a criança numa direção saudável. Quando desafia a autoridade, desobedecendo as instruções, a criança espera que você faça algo. É importante que você faça. Muitas vezes vejo pais dizendo às crianças para pararem de fazer algo, mas esses pais não fiscalizam para ver se pararam mesmo, ou não. Vejo caretas e risadinhas às costas dos pais, pois a criança se sente segura, sabendo que o pai provavelmente não irá puni-la por não ter obedecido quando mandou parar.

Estamos construindo uma herança celestial, pois no dia que estivermos diante de Deus, pela Sua graça, todos os nossos filhos estarão lá.
“ O Senhor aperfeiçoará o que lhe concerne... “(SI 138.8). Vamos nos apoiar nessa promessa, e confiar que Ele aperfeiçoará nossos filhos e netos.
Aleluia!
Criar filhos é excitante por inúmeras razões.
1.Por meio deles, Deus nos ensina, aperfeiçoa e nos prepara para Seu reino.
2.Seus problemas são nossas oportunidades para confiar no Senhor e ver Seu poder operando.
3. Eles nos desafiam à criatividade, à engenhosidade e ao crescimento, como nada mais. Conviver com eles trará resultados eternos que durarão para sempre!
Criando filhos você certamente cometerá erros, mas aprenderá ao longo do tempo. Os filhos irão perdoar seus erros, à medida que perceberem que você os ama e que está se esforçando para ser uma boa mãe, ou pai.
Quando as pessoas violam as leis naturais de Deus, só a intervenção sobrenatural de Deus pode evitar as conse­qüências naturais. Felizmente para a raça humana Deus é especialista em milagres. Somente Ele pode curar um coração ferido, ou responder à oração de uma mãe pelo seu filho perdido. Deus é o Deus da graça, que pode restaurar, recriar e reparar danos que os pais têm causado durante muitos anos de ensinamentos negativos, ou oportunidades perdidas.
... maior é o que está em vós do que o que está no mundo (1 Jo 4.4).
Joel 2.25 diz: E restitui-vos-ei os anos que foram consumidos...
Nossa arma de guerra é a oração. Crer que Deus pode e deseja restaurar fará a diferença na vida de Seus filhos. Ore crendo no milagre e eu garanto que Deus responderá e lhe dará sabedoria, cura e finalmente plena salvação e restauração.